Nossa História
Um raríssimo engenho de cana-de-açúcar original movido a tração animal em Taboleiro Grande/RN.
 
No século XVII, a principal atividade econômica da colônia brasileira era a produção de açúcar. Para que os engenhos funcionassem, era necessária a utilização de bois que movimentavam as moendas. Eles também eram utilizados para o transporte de cana-de-açúcar. Dessa forma, a pecuária era uma atividade necessária à economia açucareira.
 
Durante o processo de ocupação do sertão Nordestino, na região mais Oeste do Rio Grande do Norte (Alto Oeste Potiguar), com a chegada da cultura da cana-de-açúcar e da criação de gado, o casal Norberto e Terezinha da família Bessa construíram à mão o Engenho Tuiuiú na década de 50 no Sítio Tuiuiú, município de Taboleiro Grande. Um raríssimo engenho movido a tração animal, ainda em atividade e original, especializado na produção de rapadura, mel, batida, alfenim e garapa de cana. As moagens aconteciam pelo menos uma vez ao ano e poderiam durar meses.
 
Os trabalhos começam antes de o sol nascer. Por volta de uma hora da manhã, ao som do aboio, uma dupla de bois gira as rodas do engenho guiados pelo “tangedor de bois”. O “metedor de cana” encaixa a cana-de-açúcar nas moendas e, por um sistema de encanação, a garapa segue para casa das caldeiras e fornalhas. O “Caldeireiro” tem o ofício do cozimento do caldo nas caldeiras da fornalha de 05 bocas aquecidos a fogo de lenha. O melaço da última caldeira é despejado na gameleira de madeira e o “Mestre de Rapadura” é responsável por finalizar o processo de fabricação e o "Cacheador" de enformar a rapadura.
 
Os animais utilizados na moagem eram trazidos pelos vaqueiros encourados com seus gibões, que adentravam nas caatingas espinhosas, perseguindo e rebanhando os bois. A história conta que esta cultura do “Gibão de Couro” deu origem à vaquejada, patrimônio da cultura nordestina, onde o cavalo Quarto de Milha é o protagonista e o rei das pistas de competição.
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